"Infeliz daquele que, nos primeiros
instantes de uma ligação amorosa, não acredita que ela vai ser eterna!"
-Benjamim Constant
“É... não deu certo mais uma vez. Acho que não dou sorte
mesmo nesse papo de amor.”
Talvez não todos, mas a maioria das pessoas já falou isso
alguma vez na vida. Sofrer uma decepção amorosa não é fácil pra ninguém, e
seguir em frente pode ser quase impossível, dependendo de como a pessoa age, do
quão intenso foi o relacionamento e do ambiente externo.
Definitivamente, eu não estou fora dessa lista. Quem
conhece, sabe.
Mas sem pânico. Se pararmos pra meditar por alguns momentos,
certos pensamentos e atitudes podem nos ajudar. Não vão fazer a dor passar
instantaneamente, mas vão fazer o tempo fluir de maneira mais fácil.
A 1ª consideração é: O que não deu certo?
1) “Ah... a gente teve
algo por tanto tempo, e aí aconteceu tal coisa.” Bom... preferia que não
tivesse acontecido nada? Ou é melhor ter amado e perdido do que nunca ter
amado? Na minha cabeça, parece uma resposta fácil.
2) “Ah... eu gostei da
pessoa, mas ela não quis ter nada comigo.” Ok, isso é mais triste e menos
desesperador, mas pense só: Você gostaria de ter algo com alguém que não te
valoriza da mesma forma? Vamos lá amiguinho/a, um relacionamento que se preze deve
ter correspondência mútua. E tem mais, a pessoa não era tão sensacional quanto
você achava. Quando visamos algo, é costume idealizar demais a situação.
O que nos leva à 2ª consideração! IDEALIZAR. Quando estamos
imersos em um sentimento, é costume achar que a pessoa é uma coisa, pra quebrar
a cara algum tempo depois. Quem já teve um relacionamento longo pode confirmar
minha afirmação. “Ah... eu realmente
achava que ela/e era desse jeito”, ou que a relação era perfeita, ou que
tinha tudo pra dar certo. Ok, é normal. Gostamos de romantizar! Vemos isso o
tempo todo na TV, filmes, teatros e livros. O relacionamento épico que muda a
vida da pessoa.
Infelizmente, a vida real não é assim. Existem falhas, a
pessoa não vai mudar a sua vida (se você quer que sua vida mude, você que vai
ter que correr atrás disso), e assim que o sentimento de paixão eufórica
passar, você começa a ver as brechas. Não estou dizendo para as pessoas não
idealizarem e tornarem seus relacionamentos belos contos. Pelo contrário, façam
isso sim! Mas se der errado, se tudo acabar de maneira feia, uma boa maneira de
fazer isso é racionalizar. Não é fácil e você pode precisar da ajuda de alguém
que acompanhou o caso de perto pra te falar: “cara... não durou tanto assim pra você se sentir assim” ou “cara... não te contei isso, mas ela me dava
mole.” Ok ok, são exemplos meio estúpidos, mas vocês entenderam meu ponto.
A 3ª e última consideração (estou começando a me controlar pra
não fazer posts enormes) é quanto à atitude a se tomar quando acabar. Libertar
é, definitivamente, a melhor alternativa. “Mas
eu tenho a esperança de que a gente volte.” Certo, isso não é crime, mas se
for pra vocês voltarem, é melhor que seja algo natural, espontâneo e não
forçado. Até porquê, quanto mais você forçar, mais vai afastar. E se não for
pra voltarem, você sai disso sem remoer demais a situação.
Se prender impede de ver como o mundo lá fora continua da
mesma cor e com o mesmo gosto. Por mais romântico que pareça manter esperanças
e sofrer pra caramba por não estar com “A” pessoa, libertar traz reflexões mais
sinceras e permite que você veja aquelas possíveis brechas que eu falei lá em
cima.
Não é pra ir pro baile e fazer a festa!!! Definitivamente,
não é recomendado. Procurem por esse trecho no post das sereias. É se permitir
pensar que acabou de vez e que o universo (ou Deus, depende da sua ideologia)
sabe o que é o melhor, porque assim como essa pessoa maravilhosa apareceu pra
você quando você não sabia que existia alguém assim, o que garante que um pouco
mais na frente, não vá aparecer outra AINDA MELHOR, comprovando o quão besta
você foi por ter sofrido com aquela outra, que nesse ponto, já não significa
mais nada pra você?