“Resisti
às primeiras aparências e nunca vos apresseis em julgar; levai em conta que há
coisas verossímeis que não são verdadeiras e que há coisas verdadeiras que não
são verossímeis.”
- Anne Lambert
Quando uma pessoa fala: “Eu leio
livros de auto-ajuda”, qual o seu 1º pensamento? Provavelmente é: “Essa pessoa
deve ter uma péssima auto-estima” ou “Que coisa de perdedor”. Se você não tem
nenhum pensamento similar, existem duas opções: Ou você também lê livros de
auto-ajuda ou é uma pessoa sábia que não julga antes de conhecer. É engraçado
pensar: Por que esse pensamento?
Existem vários motivos, mas
selecionei os que eu acho mais interessantes/importantes:
- O primeiro lugar na lista é o nome dado a este gênero de
livro. Ninguém gosta de admitir que precisa de ajuda em sua própria vida. Isso
passa uma imagem de fraqueza. Se fossem chamados de livros de aperfeiçoamento
pessoal, creio que o preconceito seria menor, pois passa a idéia de adição.
- Títulos medíocres e deprimentes ocupam o segundo lugar.
“Encontre a felicidade”, “Ame a si mesmo” e títulos similares provocam uma
certa vergonha alheia nas pessoas, pois esse tipo de título que passa a
sensação de fraqueza e inferioridade.
- Em terceiro e último lugar entram os conceitos utópicos
presentes. Infelizmente, existem obras ruins – como em qualquer gênero de livro
– que passam conceitos que não entram na cabeça do homem comum sem ceticismo.
Certas tentativas de lavagem cerebral ao dizer que no mundo não existem
dificuldades, que todos te amam e que é só acreditar que tudo dá certo. Idéias
que podem ser parcialmente verdades, mas que são passadas de forma errônea, ou
interpretadas dessa forma.
Mas a
verdade é que a maioria nunca sequer tocou em um livro desses, seja por
vergonha de ser visto lendo um ou por puro preconceito. Lembrem-se do ditado:
“Não julguem o livro pela capa”. Muitas dessas obras auxiliam as pessoas a se
melhorarem e a superar certas dificuldades, além de revelar atitudes
destrutivas escondidas, mostrar casos inspiradores, ampliar a visão em diversos
aspectos da vida, ou simplesmente adicionar algo novo.
Creio que
nesse mundo, todos precisam de algum tipo de ajuda, então porque não aceitá-la
vinda de profissionais no assunto, já que boa parte desses livros é escrita por
psicólogos e estudiosos? Afinal, a vida não vem com manual de instruções.
E se você,
por acaso, REALMETE não precisar de ajuda em nenhum aspecto e pensar “Ah, estou
ótimo do jeito que estou” - o que é um pensamento muito justo -, por que não
modificá-lo para “Estou ótimo do jeito que estou, mas quero ficar melhor
ainda”?
Por isso,
queridos leitores, reforço o pedido de não julgarem todo um gênero de livros
por alguns aspectos/exemplos ruins, assim como não deixaram de gostar de
vampiros e lobisomens, se não gostaram de Crepúsculo, e nem cortaram relações
com um amigo ateu, se forem religiosos, ou vice-versa.
E você?
Como reage quando vê alguém lendo livros de “auto-ajuda”?
Prefiro o nome Aperfeiçoamento.
ResponderExcluirJá li alguns, admito, tenho um de cabeceira que aconselho a vários amigos em horas de necessidades.
O único livro que eu consigo concordar com os valores descritos por ele. Sempre acho que não o li o suficiente para internalizar o que ele ensina.
Meu querido
ResponderExcluirOs livros são ótimos companheiros, a leitura sempre proporciona o bem estar,além do aprendizado.
Com muita alegria BJS.